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Segundo estudo, mais da metade de população mundial sofre de dor de cabeça

A condição é frequente e sua intensidade pode variar muito a depender do caso


Um estudo publicado no The Journal of Headache and Pain, em 11 de abril de 2022, calcula que 52% das pessoas com mais de 5 anos possuem algum tipo de cefaleia (dor em alguma parte da cabeça), sendo este um dos distúrbios neurológicos de maior reclamação e preocupação dos pacientes na prática clínica diária.

Os autores do artigo são da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia (NTNU), e de acordo com o estudo Global Burden of Disease (GBD), as cefaleias estão entre as condições mais prevalentes e incapacitantes em todo o mundo. Os resultados do GBD se baseiam em estudos epidemiológicos, publicados ou não, e que se destacam por amplas variações de metodologia e estimativa de prevalência.

Para chegar ao resultado, os pesquisadores analisaram 357 diferentes artigos publicados entre os anos 1960 e 2020, vale ressaltar que este recorte engloba somente países de alta renda. O resultado foi que a prevalência global estimada de cefaleia ativa foi de 52,0%, enxaqueca 14,0%, cefaléia do tipo tensional (CTT) 26,0%, e de H15+ 4,6%.

Ao comentar o estudo, a Dra. Vanessa Milanese, Diretora de Comunicação da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, afirma que a dor de cabeça crônica é uma das suas áreas de interesse e que há uma séria preocupação da população em relação ao possíveis problemas, ou sequelas, que uma cefaléia pode causar em quem sofre deste mal. "Este é um dos estudos mais completos sobre cefaleia publicados nos últimos anos. Praticamente 60% dos pacientes reclamam de algum tipo de dor de cabeça em algum período da vida. Vale ressaltar que uma dor de cabeça crônica pode indicar uma neuralgia trigeminal ou occipital ainda não diagnosticada e que deve receber atenção e cuidados específicos e em casos agudos em que as “red flags” estão presentes devemos pensar em aneurisma cerebral ou tumor cerebral, por isso é importante buscar ajuda especializada para cuidar de cada tipo de dor", comenta a especialista.

O artigo com os resultados foi publicado no site da The Journal of Headache and Pain, e pode ser conferido clicando aqui.

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