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Descobertas da neurocirurgia na idade do bronze

Ossadas milenares de irmãos que foram enterrados juntos foram encontradas

e revela que um deles passou por uma cirurgia no crânio

Os primeiros registros de procedimentos neurocirúrgicos são pré-históricos. Trepanações, ou craniotomias, já eram realizadas no período neolítico eurasiático (7 mil a.C) e pelos povos Incas pré-colombianos (aproximadamente 4.500 a.C). Tais procedimentos, aparentemente, eram realizados para tratar lesões do sistema nervoso central em consequência de traumas e são os mais antigos registros cirúrgicos documentados até os dias de hoje.

Recentemente, foram encontradas na região do antigo Oriente Próximo (Ásia próxima ao mar Mediterrâneo), as ossadas de dois irmãos que seriam da elite de sua época e seu tempo, sendo que um deles passou por uma cirurgia na cabeça dias ou momentos antes de morrer.

Identificados como irmãos por meio de exame de DNA antigo, eles foram enterrados juntos em um estrutura que se entende como de alto padrão para época. O que chamou a atenção nesta importante descoberta foi que um deles tem um grande pedaço quadrado de osso cortado na região que compreende o osso frontal.

Com base em análise e estudos, os pesquisadores concluíram que ambos irmãos adquiriram uma doença infecciosa e com o agravamento do quadro, em um deles foi realizado procedimento de trepanação para o tratamento ou alívio dos sintomas.

Ao saber desta descoberta, a Dra. Vanessa Milanese, Diretora de Comunicação da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, comenta empolgada. "A neurocirurgia é realmente impressionante. Há milhares de anos, já existiam pessoas realizando procedimentos neurocirúrgicos em seus pacientes com diferentes técnicas e instrumentais rudimentares, mas, mesmo assim, as cirurgias eram realizadas para buscar o alívio dos sintomas. Foram atitudes assim que abriram o caminho para o desenvolvimento e aprimoramento da neurocirurgia ao longo de milhares de anos", diz a Dra. Vanessa.


Para saber mais ou conferir o artigo científico sobre esta descoberta publicado no site Plos One, basta clicar aqui.

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