Confira um resumo do que foi visto no último final de semana
Aconteceu nos dias 17 e 18 de maio, novamente nas dependências da nossa parceira comercial Medtronic, o Curso Nacional dos Residentes (CNR3). Desta vez as aulas foram voltadas aos especialistas que estão no terceiro ano da residência neurocirúrgica.
O evento foi um enorme sucesso e contou com a presença de mais de 100 residentes e de diversos professores de todas as regiões do Brasil, reforçando o compromisso da SBN em ser uma sociedade de abrangência nacional.
Nos dois dias de cursos os alunos puderam ter aulas sobre: Anatomia da Base Anterior, Tratamento Cirúrgico dos Meningiomas, Craniotomia Fronto-Orbito-Zigomática, Tratamento Cirúrgico das Metástases Cerebrais e Infecções Virais do SNC. Já o segundo dia teve uma tarde inteira de Hands-on sobre: Escafocefalia, Trigonocefalia, Plagiocefalia, Braquicefalia, Endoscopia, muitas discussões, perguntas e networking.
A Dra. Tatiana Protzenko, integrante da equipe Neuroped-RJ, conta o que preparou para o residente nesta edição. "Hoje, 18 de maio, é dia do Hands-on com os residentes. Temos várias estações de craniossinostose e eu vou ser responsável pela estação da escafocefalia, para o residente aprender como é o modelo da escafo, como operar, e a técnica cirúrgica". A especialista também comentou sobre a importância de cursos como esse para a formação de qualidade das futuras gerações de neurocirurgiões. "Quando nós éramos residentes, para aprender uma técnica cirúrgica você tinha que visitar serviços e ver a cirurgia acontecendo do lado de fora. Um curso com Hands-on permite ao residente efetivamente realizar a técnica, claro que em um modelo, mas já com uma noção da técnica cirúrgica, do passo a passo e isso muda tudo no aprendizado e no ensino", comenta a médica.
Já o neurocirurgião Isaque Kim, disse que preparou estações diferentes de tratamento de cranioestenoses para o Hands-os. "No caso, estive na estação de escavosefalia. Foi feito um preparo bem extenso com vários materiais para que todos os residentes tivessem a oportunidade de conhecer e aprender a tratar essas cranioestenoses, das mais simples às mais complexas. Muitos residentes acabam se formando sem o contato com esse tipo de doença ou mesmo tratamento. Em um encontro como esse, que tem vários alunos vendo, podendo fazer e treinando em bonecos, é extremamente relevante para a formação de novos neurocirurgiões no Brasil. Uma uniformidade do conhecimento", diz.
A opinião dos residentes
O Dr. Denis Soprani, do Hospital Central de Vitória (ES), participou dos dois dias de evento e disse o que mais gostou de ter visto no curso. "O que eu mais gostei é a parte onde os professores passam a experiência deles. Mostram os casos e trazem a maneira com que eles resolvem os problemas que aparecem durante aquele caso. A gente tem toda a vivência do livro e dos casos nos nossos serviços e sabemos como deve ser feito, mas muitas vezes, aquele caso específico traz uma nuance diferente e que provavelmente a gente não saberia responder. Eles têm essa resposta porque já têm experiência. Acho que isso é o mais legal. A parte de tumores de gliomas de alto grau foi bem interessante, esse foi o tema que mais gostei até o momento", comenta o especialista.
A Dra. Gabriela Calumby, do serviço da Santa Marcelina (SP), respondeu que as aulas de anatomia fizeram a diferença para ela. "Eu gostei bastante das aulas de anatomia pois para mim, isso é basicamente a base que a gente precisa ter para operar. Eu gostei de todas as aulas, eu não consigo especificar uma em específico, foram todas excelentes", finaliza a residente.
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