Procedimento pode indicar uma saída para tratar pacientes
com problemas de marcha
Um estudo científico publicado recentemente na revista Nature, em novembro de 2022, concluiu que nove pessoas diagnosticadas com paralisia voltaram a ter controle da marcha após a Estimulação Elétrica Epidural (EEE) em neurônios específicos do cérebro.
Para que uma pessoa possa caminhar, o cérebro precisa emitir comandos que descem pelo tronco encefálico, seguindo pela medula espinhal (ME) até a região da lombar. Porém, quando ocorre uma lesão na medula, ocorre falha nessa comunicação, o que pode causar paralisia dos membros inferiores.
Pensando na melhora do bem-estar desses indivíduos, pesquisadores do Instituto Federal de Tecnologia da Suíça conduziram um ensaio que resultou em bons resultados em nove pessoas que participaram do experimento Stimulation Movement Overground (STIMO), que visava restabelecer a segurança e visibilidade do EES Rehab (neurorreabilitação), com lesão medular crônica.
Ao comentar o estudo, a Dra. Vanessa Milanese, Diretora de Comunicação da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN), que tem um carinho especial pela neurocirurgia funcional, sendo essa sua área favorita na neurocirurgia, afirma que os resultados do estudo são um feito importante a comemorar. "Este é um dos estudos mais interessantes sobre paralisia publicado este ano. Assim como o DBS (Deep Brain Stimulation) a Estimulação Elétrica Epidural, que atua na medula espinhal, vem demonstrando, ao longo dos anos, que o avanço da tecnologia na criação e melhora de procedimentos envolvendo o sistema nervoso central estão acontecendo cada vez mais, sempre pensando em oferecer esperança àqueles que perderam a fé ao receberem um diagnóstico tão grave quanto a paralisia", comenta a especialista. Caso queira conferir o artigo científico com os resultados publicado na Nature, basta clicar aqui.
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