Médico reforça a importância do uso racional de medicamentos para dor São Paulo, setembro de 2022 – Na manhã do primeiro dia de CBAN 2022, no Módulo Funcional 1, contamos com a apresentação do Dr. Wuilker Knoner Campos, Diretor do Departamento de Defesa Profissional da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN), com o tema “Diretrizes farmacoterapias e de Medicina Física e Reabilitação: Estado da Arte e Medicina Baseada em Evidências”. Devido a um imprevisto, o Dr. Wuilker não pôde comparecer presencialmente para a apresentação desta palestra e nos prestigiou com uma conferência esclarecedora sobre o tema, destacando a função de todo o médico em ser um facilitador no gerenciamento da dor. Durante a apresentação, o médico reforçou a importância do uso racional de medicamentos para dor de acordo com a necessidade clínica de cada paciente, na dose e posologia corretas, e pelo tempo adequado. Ainda enfatizou que o uso inadequado desses medicamentos pode resultar em efeitos adversos letais, redução da eficácia do tratamento, farmacodependências, risco de infecção e custo alto. “O neurocirurgião, apesar de se dedicar dia a dia às novas técnicas cirúrgicas, o que é habitual, ele tem que saber – antes disso - a parte clínica do que ele está tratando, justamente para também dar essa opção para os pacientes. E, se tratando de dor, é fundamental saber o máximo de combinações de medicação, protocolos e guidelines para conseguir tratar com mais amplitude o paciente com dor crônica”, conta o especialista. Segundo o médico, é importante lembrar que o tratamento medicamentoso deve contemplar todas as dimensões da dor crônica: “temos que levar em consideração a parte psicológica do paciente, o comportamento, pensamentos e atitudes, sempre focando e tendo o paciente como um todo para tomar as melhores decisões, tendo em mente que, às vezes, só uma medicação não contempla todas as dimensões da dor crônica”, conta. Além da dedicação na parte cirúrgica, o Dr. Wuilker aconselha que os médicos também se dediquem cada vez mais aos novos estudos farmacológicos para incluí-los nas opções de tratamento do paciente. “Escolher os medicamentos que não são adequados para o tratamento vão levar a maus resultados e, às vezes, no futuro, uma tomada de decisão equivocada. E o que eu sempre falo: uma vez que você operou o paciente, não tem como 'desoperar'. Isso pode resultar em um paciente com uma indicação equivocada da cirurgia, sendo que ele poderia ter tido uma abordagem mais adequada da parte farmacológica”, alerta o neurocirurgião. Sobre a 20ª edição do CBAN, o médico celebra a oportunidade de reencontrar com os colegas de profissão. “Esse evento, onde nós nos encontramos para discutir sobre vários temas, não tem só uma vocação acadêmica. Principalmente depois de uma pandemia, como foi a COVID-19, pudemos reencontrar os amigos. Tive a impressão de que parecia que todo mundo tinha naufragado junto com o navio, e estivemos nadando nesse tempo todo que foi a pandemia. O CBAN foi como se tivéssemos finalmente chegado numa praia e todo mundo pode se abraçar, como se tivéssemos escapado de um naufrágio. Muito mais do que um grande evento de qualidade acadêmica, foi também o momento de reencontro entre todos os amigos da especialidade”, finaliza. Para conferir a cobertura do CBAN 2022 realizada pela SBNTV, clique aqui e acesse nossos conteúdos.
top of page
bottom of page
Comments