A iniciativa busca maior divulgação da doença com o intuito
de melhorar o diagnóstico na sociedade civil
No dia 11 de abril é celebrado o Dia Mundial de Conscientização do Parkinson, data criada em 1998 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com o objetivo de aumentar a conscientização sobre a doença e as dificuldades enfrentadas por pessoas que têm o diagnóstico e o impacto dela em suas famílias.
Os principais sintomas
Alguns sintomas do Parkinson incluem tremores, rigidez muscular, lentidão nos movimentos, problemas de equilíbrio e coordenação motora. Esses sintomas são causados pela perda de células nervosas no cérebro que produzem um neurotransmissor chamado dopamina. Sabe-se que o Parkinson é uma das doenças neurodegenerativas mais comuns em todo o mundo, afetando cerca de 1% da população com mais de 60 anos de idade.
De acordo com a Dra. Vanessa Milanese, especializada em Parkinson, por vezes, os sintomas são confundidos com o processo natural de envelhecimento. "O Parkinson é uma condição médica que afeta o sistema nervoso e, embora a idade seja um fator de risco, nem todas as pessoas idosas desenvolvem a condição. O envelhecimento pode levar a uma diminuição gradual na capacidade física e mental, mas isso geralmente ocorre de forma lenta e gradual, enquanto o Parkinson pode causar sintomas mais dramáticos e que se desenvolvem mais rapidamente", comenta.
O diagnóstico do Parkinson em mulheres
Segundo informação da Associação Brasil Parkinson, existem algumas diferenças no diagnóstico entre homens e mulheres. Confira alguns a seguir:
1 - Apesar de homens terem 1,4% maior chance de desenvolver doença de Parkinson se comparado a mulheres, o cuidado e a atenção dados a homens é desproporcionalmente maior.
2 - Em média, mulheres demoram mais para receber o diagnóstico de Parkinson, e também para serem encaminhadas a um especialista em Distúrbios do Movimento.
3 - Flutuações hormonais têm impacto no agravamento dos sintomas da doença em mulheres.
4 - Apesar das dificuldades impostas pela doença, as mulheres muitas vezes continuam sendo as principais cuidadoras da casa e da família.
Os tratamentos
Os tratamentos para a doença incluem medicamentos que aumentam os níveis de dopamina no cérebro, terapia ocupacional e fisioterapia para ajudar a melhorar a mobilidade e a coordenação, e, em alguns casos, até a cirurgia cerebral. "Os neurocientistas, e aí se incluem neurologistas e neurocirurgiões, estão trabalhando para ajudar essas pessoas, criando modos de melhorar o seu caminhar e evitar quedas, ajudando para que esses pacientes continuem a produzir e mantenham as suas atividades familiares e sociais", destaca a especialista.
A Dra. Milanese finaliza destacando a importância de um tratamento adequado e personalizado para cada paciente. "Cada pessoa com Parkinson é única, e por isso, o tratamento deve ser individualizado, considerando as necessidades e características de cada paciente. Além disso, o acompanhamento multidisciplinar é essencial para garantir a qualidade de vida e o bem-estar dos pacientes", finaliza a médica.
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